quarta-feira, 1 de abril de 2009

6º Episódio 6º

Enquanto as lágrimas de Sarasvati caíam no prato e Sandro António abraçava a sua amiga, na esperança de lhe dar algum conforto e cenas, Flávio cuspia os caroços da anona que comia à sobremesa.
- Olha, amiga - avançou Flávio - não tens que ter vergonha só porque foste pobre. Olha para mim, que não tenho onde caír morta e não tenho vergonha nenhuma na cara!
Quando um sorriso invadiu a face de Sarasvati, Telmo sentiu-se enfurecido com o comentário do irmão:
- Morta?! Morta?! - o olhar de Telmo reflectia tudo o que lhe ia na alma.
- Sim, "morta"! Sou uma alma livre, que não vive presa a esses preconceitos de género, percebes? Eu sou um artista! - respondeu Flávio.
- Não me venhas cá com essas palavras caras, tu não tens é vergonha nehuma nessa cara!
- Então, era o que eu estava a dizer à míuda! Parece que é tola...
Telmo puxa os colarinhos do seu irmão. A família acorre para separar os dois irmãos.
A campaínha toca.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Deposite tranquilamente o seu comentário aqui.